quinta-feira, 3 de maio de 2012

Adões x Evas

Como é difícil (impossível??!!) aceitar e entender que homens nunca serão e nem pensarão como as mulheres.
Mulheres se preocupam demais, cobram demais, enchem demais, falam demais, querem demais enquanto os homens vivem no de menos, na primeira marcha e muitos, na ré.
Afinal, com quem está a razão se é que ela existe?
A razão estaria no equilíbrio, ok. Querer demais? Utopia?

Quanto mais eu converso com minhas amigas e discuto nossas lamentações referentes aos homens, mais chego à conclusão de como os homens são egoístas como seus pais e as mulheres, sofredoras de uma vida que elas aprenderam em suas casas e escolheram pra si, como suas mães. Sim, porque não conheço mulheres só de 30. Ouço as de 40, 50, 60. Esse problema é antigo e acontece nas melhores famílias.

Nasci mulher, determinada, preocupada, agitada, impaciente, mas confesso que sobrecarregada que ando, como acredito que a maioria das mulheres, tenho invejado as escolhas deles. Desencanados, relaxados, despreocupados, claro, com as coisas que eles julgam ser menos necessárias (talvez casa, filhos, esposa).



Eu que queria me estressar menos, sofrer menos, esperar quase nada e o que viesse seria lucro. Tudo bem que pouco seria construído, saído do papel, porque eu acredito que a mulher é parte fundamental em chacoalhar os homens pra que determinadas ações sejam iniciadas, continuadas e finalizadas.

Mas, onde é que nos levam nossas preocupações, nossas viagens do que ainda nem aconteceu se não pra baixo? Do que adianta tanta cobrança pela impossível perfeição? De que adianta cobrarmos para que eles sejam como nós se nem nós sabemos muitas vezes o que queremos? E por cobrar demais e saber que deveríamos esperar de menos porque eles jamais serão como nós (sorte deles!!) amontoamos responsabilidades. Trazemos tudo pro nosso lado porque somos super mulheres, sim, realmente somos capazes de tudo e muito mais. Porém nosso corpo começa a deixar transparecer o que no fundo já sabemos: é impossível fazer e cuidar de tudo e de todos.

Malditas sejam as que lá atrás lutaram por direitos iguais sem ao menos ter um Business Plan.
Direitos iguais? De-si-guais, isso sim. Sua jornada é dupla, tripla? Junte-se a nós.

Ahhh, mas hoje podemos votar, temos liberdade sexual e ganhamos mais, porém continuamos ganhando menos que eles, não temos o nosso trabalho de dentro de casa valorizado, somos reféns de nós mesmas e o nosso corpo padece. E aí? De que vale todas nossas conquistas se somos nós que cada vez mais temos lotado os consultórios?

Tá, uma opção seria trazer os homens pro nosso mundo (aposto que todas já tentaram mais de 3 vezes e eles nos julgam exageradas, loucas talvez), mas, como mudar o outro? Esqueça! Sabemos que é impossível.
Disposta a uma vez a cada dois meses (to sendo boazinha...) colocar seu parceiro pra sentar na cama para inserir os devidos pingos nos “is” da relação, da divisão de tarefas, da falta de ajuda com os filhos, dos horários malucos que muitas vezes eles inventam pra não ouvir as suas chatices e fugir das responsabilidades?

Meus problemas acabaram!

Depois de um estudo nada aprofundado cheguei à conclusão de que, quem precisa (e quer) mudar sou eu!

Luz, Câmera, Ação:

Na minha próxima sessão de terapia vou pedir algumas liçõezinhas básicas pra ser mais como eles, se é que isso é possível. Cansei!

Afinal, com o passar dos anos, eu que ficarei a velha enrugada (e ainda preocupada, chata e aí sim, louca) e ele sem nenhunzinho pé de galinha pra contar história? De jeito nenhum!

“Se não pode contra eles, junte-se a eles”, agora é meu lema.

Eu quero é mais!


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